segunda-feira, 25 de maio de 2009

MEU AMOR VERDADEIRO



Na adolescência nunca pensei no que era o amor.

Porém, a alma começou a pedir significados.

O que é o amor?

É um latejar do coração?

É uma emoção forte?

É uma paixão avassaladora?

O que é o amor?

Tentei encontrar significados para a palavra amor,

mas não encontrei, pois o verdadeiro amor não se conceitua.

O verdadeiro amor se sente.

O verdadeiro amor se busca.

Então, comecei a buscar um verdadeiro amor.

E essa busca me levou pelos caminhos da razão, da filosofia,

da lógica, da literatura,

da metafísica, da física,

mas não encontrei o verdadeiro amor.

A busca me levou inclusive pelos caminhos do delírio,

e, então, cai em depressão.

Chorava constantemente, não queria ver ninguém,

não queria sair do meu quarto.

A alma foi tomada pelo tufão da ansiedade,

e tentei sanar a minha dor com anti-depressivos.

A frenética busca me levou a perder o sentido da vida,

a ansiar pelo suicídio.

Não encontrei o verdadeiro amor.

Estava na beira do precipício.

Mas, foi nas equações misteriosas do amor que sanei a dor da alma.

Encontrei uma presença mais íntima que minha própria alma.

E essa presença me fez sentir o verdadeiro amor.

Suplantou de mim o amor abstrato,

e plantou no meu coração o amor das sentidos.

E essa presença que tentei encontrar

nos caminhos e devaneios da vida,

eu encontrei em ti.

Doce presença que deu sentido a minha conturbada vida,

e me fez ser o que sou hoje.

Presença que inspira meus dias e sonhos.

Obrigado. Amável presença.

Encontrei o amor verdadeiro.

E este amor verdadeiro é você: Elisângela.



Do seu amor,

Josadaque Martins Silva

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