Na adolescência nunca pensei no que era o amor.
Porém, a alma começou a pedir significados.
O que é o amor?
É um latejar do coração?
É uma emoção forte?
É uma paixão avassaladora?
O que é o amor?
Tentei encontrar significados para a palavra amor,
mas não encontrei, pois o verdadeiro amor não se conceitua.
O verdadeiro amor se sente.
O verdadeiro amor se busca.
Então, comecei a buscar um verdadeiro amor.
E essa busca me levou pelos caminhos da razão, da filosofia,
da lógica, da literatura,
da metafísica, da física,
mas não encontrei o verdadeiro amor.
A busca me levou inclusive pelos caminhos do delírio,
e, então, cai em depressão.
Chorava constantemente, não queria ver ninguém,
não queria sair do meu quarto.
A alma foi tomada pelo tufão da ansiedade,
e tentei sanar a minha dor com anti-depressivos.
A frenética busca me levou a perder o sentido da vida,
a ansiar pelo suicídio.
Não encontrei o verdadeiro amor.
Estava na beira do precipício.
Mas, foi nas equações misteriosas do amor que sanei a dor da alma.
Encontrei uma presença mais íntima que minha própria alma.
E essa presença me fez sentir o verdadeiro amor.
Suplantou de mim o amor abstrato,
e plantou no meu coração o amor das sentidos.
E essa presença que tentei encontrar
nos caminhos e devaneios da vida,
eu encontrei em ti.
Doce presença que deu sentido a minha conturbada vida,
e me fez ser o que sou hoje.
Presença que inspira meus dias e sonhos.
Obrigado. Amável presença.
Encontrei o amor verdadeiro.
E este amor verdadeiro é você: Elisângela.
Do seu amor,
Josadaque Martins Silva
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